Friday, July 24, 2009

Hospital Amigo dos Bebés

Um comunicado conjunto da OMS/UNICEF (Iniciativa Hospitais Amigos dos Bebés) contempla 10 medidas importantes para o sucesso do aleitamento materno que deveriam ser implementadas nos serviços de saúde vocacionados para a assistência a grávidas e recém-nascidos, definindo objectivos e estratégias que, a serem cumpridos, confeririam a esses mesmos serviços de saúde a categoria de "Hospital Amigo dos Bebés".
Em Portugal existe, constituída, uma Comissão Nacional Iniciativa Hospitais Amigos dos Bebés com sede na UNICEF.
As 10 medidas:

1. Ter uma política de promoção do aleitamento materno, afixada, a transmitir regularmente a toda a equipa de cuida dos de saúde.

2. Dar formação à equipa de cuidados de saúde para que implemente esta política.

3. Informar todas as grávidas sobre as vantagens e a prática do aleitamento materno.

4. Ajudar as mães a iniciarem o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento.

5. Mostrar às mães como amamentar e manter a lactação, mesmo que tenham de ser separadas dos seus filhos temporariamente.

6. Não dar ao recém-nascido nenhum outro alimento ou líquido além do leite materno, a não ser que seja segundo indicação médica.

7. Praticar o alojamento conjunto: permitir que as mães e os bebés permaneçam juntos 24 horas por dia.

8. Dar de mamar sempre que o bebé queira.

9. Não dar tetinas ou chupetas às crianças amamentadas ao peito, até que esteja bem estabelecida a lactação.

10. Encorajar a criação de grupos de apoio ao aleitamento materno, encaminhando as mães para estes, após a alta do hospital ou da maternidade

.Na sequência da actividade desenvolvida pela Comissão Nacional Iniciativa Hospitais Amigos dos Bebés, vários hospitais e maternidades portugueses têm-se candidatado a "Hospital Amigo dos Bebés".São já muitos os hospitais que divulgam o Poster das 10 Medidas para que os utentes possam ter conhecimento das mesmas, dessa forma, os utentes podem igualmente contribuir para que as medidas sejam cumpridas.

OMS

Monday, July 20, 2009


A melhor maneira de tornar as crianças boas é torná-las felizes!

Oscar Wilde

Monday, July 13, 2009

Encontros de Preparação para o Nascimento e Parentalidade


Estes nossos encontros visam preparar a mulher não só ao nível físico, através de exercícios, como a nível mental e espiritual com meditação e relaxamento. Queremos a ajudar o casal a vivenciar a gravidez em plenitude e harmonia.

Realizar-se-ão 12 encontros, sendo o último no domicilio após o bebé nascer para apoio na amamentação e esclarecimento de qualquer dúvida.
Temos um programa que abrange a temática da gravidez, parto, pós parto e cuidados com o bebé. Preparámos exercícios, meditação e debates. Acreditamos na partilha, acreditamos na mulher, acreditamos que a gravidez deve ser vivida em paz e em total comunhão com o que de melhor existe dentro de cada uma de nós!

Os horários dos encontros serão adequados ao casal...fale connosco!

Tuesday, July 7, 2009

O poder do Feminino

Eu não sou feminista, antes pelo contrário acho que homens e mulheres têm direitos iguais, sou então pela igualdade. Cabe a todos nós homens e mulheres reclamar-nos a nossa liberdade, a nossa independência, os nossos direitos enquanto seres humanos.
A mulher quer se queira quer não tem um papel que o homem nunca poderá ter que é gerar um filho dentro de si e faze-lo nascer para o mundo. Sim, dirão voçês que sem o homem a vida não existiria e sim claro o homem coloca a semente na "terra fértil" e depois gera-se o milagre da vida!
Porque será, que tal como eu que tive e ainda luto com alguns problemas de auto estima mas que me sinto cada vez mais plena e em harmonia, que tantas mulheres duvidam de si, do seu corpo, do seu poderoso 6º sentido e entregam-se completamente nas mãos de outros. Sim os médicos são sabedores mas nunca podemos entregar nosso corpo principalmente quando ele carrega outra vida. Quando digo isto falo também por mim que aceitei quase sempre tudo o que me disse o obstetra e que da minha maneira fui fazendo o que me diziam para fazer no hospital. Nunca disse quero assim ou assado, estou no meu direito bolas! quero ter a minha filha de cócoras se me apetecer! mas pronto, não dá jeito, num hospital temos de fazer o que nos dizem, apesar do corpo ser nosso!
Quem fala num parto fala em qualquer outro aspecto da nossa vida, num atendimento no hospital, uma consulta, qualquer coisa que envolva nosso bem estar. Somos donos do nosso corpo e temos de zelar por nós próprios e isso não cabe a nenhum médico, mas a nós!
Agora dou por mim a fazer isso no que toca á minha filha. Vou ao médico e ouço mas eu é que sei o que é melhor, não aceito tudo o que dizem! questiono, leio, vejo outras opiniões e penso no que é melhor para ela, para o seu corpo e sua mente.

A gravidez por exemplo é um dos momentos em que muitas mulheres são tratadas com paternalismo e muitas vezes como se fossem estúpidas. As mulheres que fazem perguntas, muitas vezes incómodas, são olhadas de lado, não digo por todos, mas por muitos!
Não venho nem estou aqui para falar de partos em casa, ou em hospitais porque acho que a mulher tem o direito a ter o seu parto respeitado seja onde for, seja um parto vaginal ou uma cesariana. O respeito começa muitas vezes numa primeira consulta pré-natal e na forma como aquela mulher, aquela grávida cheia de luz dentro de si é tratada, é respeitada.


Raquel

Sunday, July 5, 2009

A minha gravidez

Depois de sete meses de tentativas, no dia 26 de Maio de 2009 descobri que estava grávida de 6 semanas.
Meu marido, que sabia que nesse dia já teria o resultado do exame médico, ligou-me para saber o resultado. Ao que respondi: " O valor do Beta-HCG é de 5732. Agora vai descobre o que significa...."
Mázinha, não fui? Valeu-lhe o Google...hehehe.
Apesar de ter ficado muito feliz com a novidade, a ficha demorou para cair.
Depois surgiram as dúvidas: será que está tudo bem?
Após isso, os enjoos e umas dores na barriga. Apesar de os médicos dizerem que tudo isso é normal, sempre pairava uma duvidazinha...
Os titios logo fizeram planos, das aventuras que iriam ter com a chegada do bebe.
A minha mãe me liga todos os dias (que chatice ;) ). As "tias" também estão todas babadas.
Toda gente diz que vai ser um menino, será que vão acertar?
Esta semana fui á ginecologista. Ela fez uma ecografia, e o bebe não parava de se mexer...até nos acenou com a mãozinha...
Conforme forem acontecendo as novidades, vou contando aqui...

Beijinhos,
Paula

Friday, July 3, 2009

O meu parto

Engravidei em Junho de 2006. Foi uma gravidez muito desejada e apesar de ter enjoado os primeiros 4 meses e de ter passado mal por causa de um dente foi a melhor fase da minha vida!
Durante a gravidez senti-me plena, forte, poderosa, cheia de vida. Descobri um mundo novo. Descobri o poder da mulher, descobri a magia e o acto espiritual que é ter um filho.
Durante a gravidez comecei a ler muito, a pesquisar, a aprender coisas novas mas confesso que ainda era muito insegura e não me soube validar o suficiente, não acreditava ainda no meu corpo como acredito agora.
Fiz muita meditação e visualização do parto. Escrevi o parto que desejava e todos os dias lia o que escrevi e meditava um pouco. Conversava muito com a minha filhota e enchi-me de pensamentos positivos. Fiz o meu plano de parto e quando entrei na maternidade entreguei-o. Na altura a médica até o recebeu e disse que iam tentar respeitá-lo mas não foi bem assim. Acreditei que foi o melhor que podia ter tido mas hoje já não penso assim, sei que podia ter sido diferente...muito!
Entrei em trabalho de parto ás 38 semanas e 5 dias de gestação. As contracções começaram levemente no dia 27 de Fevereiro e já no dia 28 ás 16 da tarde com contracções de 10 em 10 minutos entrei na maternidade. Estava com 4 cm de dilatação segundo a médica que me atendeu. Para começar tive de vestir a bela da batinha aberta atrás, é humilhante, faz-nos, pelo menos a mim fez sentir-me desamparada e desprotegida. De seguida, fui sozinha para a sala de dilatação mas antes deram-me os clisteres (que foram despejados na sanita...não me apetecia discutir com ninguém e optei por fazer assim) e quando voltei do wc disse a uma das enfermeiras que não tinham resultado e ela disse que não fazia mal nenhum. Não deixaram o meu marido acompanhar-me, por isso estive muito tempo sozinha na sala de dilatação, com o ctg ligado á minha barriga e senti-me tão mas tão sozinha que é indescritivel. As dores apertavam e ouvia as outras mulheres a gritarem. Eu só queria o meu marido mais nada.
As auxiliares e enfermeiras iam passando e examinando e sempre a perguntarem se queria epidural. Eu já tinha dito que não sabia, que se quisesse dizia mas continuavam a perguntar. Passado um tempo disse que sim e apareceu logo o anestesista. Foi fácil a parte de levar a epidural mas se o tempo voltasse para trás não voltaria a levar, mas isso fica para outro texto.
Sentia-me cansada e só me apetecia estar dentro de mim própria, sem ouvir ninguém, sem ninguém me dizer nada. Passado um bocado as dores voltam e depois de muito pedir para o chamarem lá aparece o meu marido. Comecei a sentir uma enorme vontade de fazer força e lá fomos para a sala de parto cheia de luzes amarelas, tão fria e impessoal. De resto pareceu-me tudo muito rápido, a mim só me apetecia fazer força e sentia-me quase sem controlo mas a enfermeira lá me ia dizendo faça força agora, agora não, agora sim...e eu obedecia. Fizeram-se a episiotomia e mais uma forcinha e nasceu a minha morena que veio logo para o meu peito e olhou para mim com aqueles olhos negros e profundos. Foi maravilhoso! Sentir o seu corpinho quente e molhado, o cheiro a nós...os três juntos, a nossa familia. Eu chorei, ri, eram muitas emoções á minha volta. Nunca mais esqueci a primeira vez que vi a minha filha, a carinha dela, ver as suas mãos, os pés se era perfeitinha. Linda!
De resto fui tratada com carinho pelas enfermeiras e auxiliares mas sei que não fui tratada na minha verdadeira condição de mulher que sabe parir a sua cria. Fui tratada como uma paciente com paternalismo e não com a dignidade que uma mulher merece ter nesta hora maravilhosa e única que é ter um filho! sim! porque fui eu que tive a minha filha! eu! não as enfermeiras!
O meu marido? maravilhoso, foi a minha "doula" sem dúvida!
Agora sei, sei que se tudo correr bem o próximo filho vai nascer de forma muito diferente. Tenho a agradecer á minha filhota linda, porque foi ela que me deu a conhecer este mundo pelo qual me apaixonei que é a gravidez e o parto.

"Para mudar o mundo é preciso mudar a forma de nascer" M. Odent

Raquel